A sustentabilidade, a nossa alimentação e saúde têm uma relação muito próxima. O Noronha Plástico Zero se preocupa com a questão dos plásticos descartáveis e o perigo deles pros oceanos, pros animais e pra humanidade, principalmente em relação ao que comemos e bebemos.
Ano passado, a Organização Mundial de Saúde se comprometeu a analisar os potenciais riscos dos microplásticos que já estão na nossa água. Então pra você saber, já estamos contaminados pelo plástico que se transforma em micropartículas que são absorvidas pela água das garrafas PET, por exemplo. Um teste feito com 250 delas de 11 marcas diferentes e que lideram o mercado (Minalba, Aquafina, Aqua, Bisleri, Dasani, Epura, Evian, Gerolsteiner, Nestlé Pure Life, San Pellegrino e Wahaha) provou que 93% delas tinham microplásticos.
O teste da Universidade Estadual de Nova York analisou garrafas de água de nove países diferentes, de todos os 5 continentes, e concluiu que 10 partículas de plástico por cada litro é a média encontrada por aí. E se a gente pensar que são consumidas 1 milhão de garrafas plásticas por minuto no mundo e que todos os anos são produzidas 300 bilhões de litros de água engarrafada…. o problema é grande!
E é claro que os perigos dos plásticos não passam só por essas micropartículas, mas também pra outros tipo de armazenamento, como potes de alimentos e mamadeiras. Mas e aí? O que isso implica pra nossa saúde? Os plásticos têm uma substância química chamada Bisfenol-A que podem ser responsáveis por aumentar os riscos de câncer. O BPA migra pra nossa bebida ou comida quando é exposto a mudanças de temperatura, especialmente o calor. No Brasil, mamadeiras com BPA já foram proibidas, tanto a fabricação quanto a importação e, claro, comercialização delas, desde 2012.
Essa questão das micropartículas de plástico no que comemos ainda é recente, as pesquisas estão em andamento. Mas é importante saber sobre os riscos que estamos nos colocando quando consumimos plásticos… sabe aquele cafezinho do fim da tarde? Pois é. O grande lance é repensar sobre a real necessidade do nosso consumo, que faz mal a nossa saúde e a do planeta. Vamos falar mais sobre isso?
